Testemunha do caso Marielle é assassinado a tiros junto com o irmão

Zico Bacana é ex-vereador do Rio de Janeiro e foi investigado pela CPI das Milícias, onde depôs como testemunha
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Um ataque a tiros em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro, vitimou nesta segunda-feira (7) o ex-vereador carioca Zico Bacana e seu irmão Jorge Tavares. Testemunhas relataram à Polícia Militar que um carro com homens armados à bordo passaram pelo local atirando na padaria onde as vítimas se encontravam. Ele foi ouvido em 2018 pela CPI das Milícias sobre o caso Marielle Franco.

Zico Bacana morreu no local com uma bala na cabeça. Jorge Tavares, o seu irmão, chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu aos ferimentos e também veio a óbito. A dupla estava acompanhada de um segurança.

O carro blindado do ex-vereador evitou uma tragédia ainda maior, que vitimasse mais frequentadores do bar, ao receber e conter mais de 15 tiros. Peritos que foram ao local encontraram cápsulas de fuzil no chão do estabelecimento.

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O ex-vereador foi investigado pela CPI das Milícias que ocorreu no parlamento fluminense e depôs como testemunha do caso Marielle. A vereadora, morta em 14 de março de 2018, publicou dias antes de morrer uma denúncia contra Batalhão da PM de Irajá, também na zona norte. Meses antes, Zico Bacana homenageou alguns desses policiais na Câmara Municipal.

Ele já tinha sofrido uma tentativa de assassinato em 2020. Conforme relatou ao Bom Dia Rio na ocasião, também estava em um bar e o tiro que recebeu passou de raspão em sua cabeça. Os autores desse primeiro atentado não foram identificados nem presos.

Na manhã de hoje, horas antes do ataque, Zico Bacana tinha publicado fotos em suas redes sociais percorrendo as ruas de Guadalupe e visitando obras da Prefeitura. Segundo a polícia o ataque de hoje deixou uma terceira vítima, baleada nas costas e no pé. Mas sua identidade e estado de saúde não foram revelados.

Quem era Zico Bacana
Dono de um apelido cômico, a primeira impressão que se tem de Jair Barbosa Tavares é de que se tratava de um sujeito bem humorado. Mas isso é pura suposição. O que é confirmado, é que foi vereador do Rio pelo PHS entre 2017 e 2020 e, nas últimas eleições municipais, concorreu pelo Podemos e foi eleito como suplente.

Se apresentava como paraquedista e policial militar e, apesar de ter sido investigado pela CPI das Milícias, negava ser miliciano. Foi na própria CPI que, em 2018, foi ouvido como testemunha do caso Marielle Franco.

“Informei o máximo que pude, da melhor forma. O que fizeram com a nossa colega não era para acontecer. Peço para que as pessoas que saibam alguma coisa que liguem para o Disque Denúncia. O anonimato é garantido. Vamos ajudar. Faço parte da cúpula da Polícia Militar e estou nessa para defender a conduta da menina [Marielle], que Deus a tenha. Me colocaram nisso”, declarou à época.

Zico Bacana era acusado de chefiar uma milícia justamente do bairro de Guadalupe e especificamente na favela do Eternit. De acordo com as denúncias que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro recebeu, seu grupo teria ligações com a Milícia da Palmirinha, de Honório Gurgel, controlada por outro policial, o PM Fabrício Mirra.


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por Redação 2JN – revista forum

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