A menos de três meses das eleições, partidos ainda fazem suas negociações de composição de chapa, por vezes com alianças entre grupos adversários em pleitos anteriores. Em uma chapa puro sangue, a pré-candidata à Presidência da República, Sofia Manzano (PCB), de 51 anos, foi entrevistada pelo Isso É Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9).
“Na nossa pré-campanha, estamos apresentando propostas de governo para a gente fazer uma mudança estrutural no Brasil, para resolvermos problemas de forma definitiva, não paliativa”, disse Manzano, que é economista, professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e militante do PCB desde 1989.
A pré-candidata do PCB, que tem como vice o correligionário Antônio Alves, rechaça a ideia de “Frente Ampla”, que seria uma junção de grupos para enfrentar a pré-candidatura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). “Poderia [ter aliança com pré-candidato Lula, do PT] se de fato a candidatura de Lula estivesse à esquerda. O que ocorreu desde o ano passado é que as costuras políticas dele estão muito mais à direita do que à esquerda. Os compromissos assumidos e esse projeto de conciliações”, opinou a economista, que propõe redução de jornada de trabalho para trinta horas semanais.
“O Brasil discute sobre melhorar a educação. Mas como melhorar a educação quando os jovens, quando chegam com 15 ou 16 anos, são obrigados a trabalhar? Precisam sair da escola porque não podem estudar e trabalhar ao mesmo tempo”, argumentou a comunista, que criticou a reforma trabalhista e a falta de debate sobre o assunto por parte das pré-candidaturas chamadas por ela de “majoritárias”.
Entre os desafios para fazer sua pré-candidatura ter mais visibilidade, Sofia Manzano apontou a falta de convite para debates como um dos maiores. “Dizem que não vão nos entrevistar porque eu pontuo pouco, mas eu pontuo porque porque não apareço na mídia”, justificou a professora da UESB, que disse enxergar que o combate à extrema-direita deve ser feito sem a utilização de fake news e sem negar as identidades de um grupo para aumentar as chances de voto. “O PCB é um partido que este ano completou cem anos. Não é um partido aventureiro. Somos um partido comunista e não temos o problema em dizer isso. Nos colocamos na estratégia revolucionária porque entendemos que o capitalismo não deu certo. É só ver a degradação que o capitalismo causa em todo o planeta”, completou.
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por Redação 2JN – atarde
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