Ex-ministro da Economia e principal articulador de Jair Bolsonaro (PL) – desde a candidatura à Presidência – junto à mídia liberal e ao sistema financeiro, Paulo Guedes pode entrar na mira da Polícia Federal (PF) por causa das fraudes em pagamentos feitos em auxílios eleitoreiros detectadas pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Nesta terça-feira (6), o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que está enviando os relatórios da CGU sobre irregularidades nos pagamentos de auxílios taxista e caminhoneiro para abertura de investigação pela PF.
“A Controladoria Geral da União (CGU) identificou indícios de fraudes no pagamento de auxílio-taxista e de auxílio-caminhoneiro, em 2022. Estou enviando os relatórios à Polícia Federal para investigação dos agentes responsáveis pelos pagamentos indevidos”, afirmou
Dino no Twitter.
A Controladoria Geral da União (CGU) identificou indícios de fraudes no pagamento de auxílio-taxista e de auxílio-caminhoneiro, em 2022. Estou enviando os relatórios à Polícia Federal para investigação dos agentes responsáveis pelos pagamentos indevidos.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) June 6, 2023
Junto com Pedro Guimarães, que foi afastado da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) por denúncias de assédio sexual a funcionárias, Guedes foi um dos principais articuladores do pagamento dos benefícios, que começaram a ser pagos em agosto de 2022, com valor adicional retroativo ao mês de julho, há três meses das eleições.
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Guedes deu aval ao pagamento dos benefícios propostos por Bolsonaro quando já se encontrava atrás das pesquisas de intenção de votos. Só a bolsa-caminhoneiro custou cerca de R$ 2,3 bi ao orçamento. Já aos taxistas, o custo chegou a R$ 1,84 bi.
Na auditoria, a CGU detectou que há suspeitas de fraudes em cerca de R$ 2 bi pagos nos benefícios a caminhoneiros e taxistas, que receberam R$ 1 mil mensais entre julho e dezembro de 2022.
O relatório aponta que 356.773 pessoas receberam parcelas sem ter direito legal aos recursos. Segundo a CGU, o governo Bolsonaro teria incluído 110.051 pessoas irregularmente no Auxílio-Caminhoneiro e outras 246.722 no Auxílio Taxista. Esses números correspondem, respectivamente, a 27,3% e 78% do total de beneficiários de cada programa.
Segundo a CGU, de um total de 314.025 taxistas, 246.722 (78%) não preenchiam os requisitos para receber o benefício. Beneficiários com CPF irregular, sem habilitação para dirigir, que moravam fora do país e mesmo mortos estavam na lista de recebedores.
Em relação aos caminhoneiros, o governo Bolsonaro teria desembolsado indevidamente outros R$ 582.873.000,00, valor que representa 25% do total pago, de R$ 2,3 bilhões.
O prejuízo potencial se deve ao fato de que, dos 402.773 beneficiários (do Auxílio Caminhoneiro) que participaram do programa, 110.051 não cumpriram critérios de elegibilidade para o recebimento do benefício ou requisitos previstos nas normas, assim como verificado no benefício a taxistas, explica a CGU em nota. A lista dos beneficiários incluía motoristas sem habilitação e mesmo mortos, entre outras irregularidades.
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por Redação 2JN – revista forum
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