Empresa referência em vendas virtuais no Brasil, o Mercado Livre é alvo de reclamações de atrasos nos pagamentos por parte de fornecedores e prestadores de serviços, que procuraram nossa Redação para denunciar problemas que estão enfrentando diante da conjuntura.
Com mais de 13 mil colaboradores diretos no Brasil, na Bahia o grupo tem cerca de 450 contratados que atuam diretamente no Centro de Distribuição (CD) de Lauro de Freitas, inaugurado em agosto de 2020.
“Temos acompanhado a situação, com aumento de queixas, suspensão dos serviços e fornecimento de produtos para funcionamento do CD da Bahia”, afirmou um empresário que pediu sigilo sobre sua identidade, alegando questões contratuais e mercadológicas.
Ele afirmou ainda que existem empresas com quatro e cinco meses em atraso, mas também 10 meses de pagamento atrasado, e relatou que recentemente “por falta de pagamento, uma empresa retirou os equipamentos que forneciam café para os trabalhadores”.
Outro empresário do setor de prestação de serviços confirma que tem observado que em CDs de outros estados o contexto se repete. “Não quero me expor em função da força do nome da empresa, mas percebemos que o problema não é localizado”, destacou.
Os denunciantes disponibilizaram ainda um extrato do Serasa Experian, referente a um dos CNPJs do Grupo Mercado Livre, onde consta a seguinte mensagem: “Este CNPJ está com status de ‘Inadimplente no mercado ou possui indicativo de Recuperação Judicial ou Extrajudicial’”.
No documento constam ainda nomes de empresas e os valores que têm por receber. O Serasa Experian é fonte de pesquisa usada por empreendedores para obter informações sobre a saúde financeira de outras empresas, antes de fechar negócios.
Criada em 1999 com sede na Argentina, o Mercado Livre tem plataforma em operação em 18 países, com a proposta de facilitar todo processo de compra e venda pelo sistema e-commerce, também com serviço de anúncio, logística de transportes e gestão de negócios.
Palavra da empresa
Diretor jurídico sênior do Mercado Livre no Brasil, Ricardo Lagreca refutou as informações sobre dificuldades financeiras do grupo. “Temos hoje (ontem) no caixa US$ 2,4 bilhões. Isso é dinheiro disponível para operações. Então temos as finanças em dia”, pontuou.
Ele reconheceu que existem questões pontuais em aberto, “mas estão relacionadas a divergências entre qualidade ou quantidade de produtos ou serviços oferecidos e às cláusulas contratuais que temos com estas empresas”.
Acrescentou que o caminho a se buscar é o entendimento através de acordos, mas que nem sempre é possível e tem situações com rescisão de contratos e casos que chegam até a Justiça. Ainda de acordo com Lagreca, “é fake news a história das máquinas de café, que continuam lá atendendo nossos colaboradores”.
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por Redação 2JN – atarde
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