O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta sexta-feira (30) de uma caminhada com apoiadores na região da Cidade Baixa, em Salvador.
A passeata partiu do Largo de Roma, onde fica o Santuário de Santa Dulce dos Pobres, e prosseguiu por pouco mais de um quilômetro em direção à Igreja do Bonfim.
Líder nas pesquisas de intenção de voto, Lula participou do evento em cima de uma caminhonete ao lado de Jerônimo Rodrigues, candidato petista ao governo da Bahia.
O presidenciável do PT aproveitou a última sexta-feira antes do primeiro turno para tentar ajudar apoiadores nas eleições estaduais. Pesquisas Ipec para o governo da Bahia mostram crescimento de Jerônimo, que saltou de 13% para 32% das intenções de voto.
No entanto, o candidato segue em segundo lugar, atrás do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), que tem 47%, de acordo com o último levantamento Ipec. Horas antes da passeata de Lula, ACM Neto fez uma caminhada com o mesmo trajeto.
No início da noite de sexta-feira, Lula visitou Fortaleza, onde participou de caminhada ao lado de Elmano de Freitas, candidato do PT ao governo cearense.
Primeira ida a Salvador na campanha
A passeata desta sexta foi o único ato de Lula na Bahia desde o começo oficial da campanha – mais curta este ano –, em 16 de agosto.
Além de Jerônimo, Rui Costa (PT), atual governador do estado, e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) acompanharam o presidenciável no evento. Otto é candidato à reeleição com apoio do PT.
Antes da caminhada desta sexta, o ex-presidente havia participado das celebrações do 2 de Julho em Salvador, ao lado de correligionários. Na ocasião, Lula também participou de um ato na Arena Fonte Nova.
Furtos durante caminhada
Ao menos quatro homens foram presos por furto de celulares durante o ato político. Mais de 10 aparelhos foram recuperados pela polícia, e dezenas de pessoas estiveram na 3ª delegacia do Bonfim para registrar queixa.
Entre as vítimas que tiveram celulares furtados, oito equipes de imprensa — entre televisão, sites e jornais impressos — também foram vítimas dos suspeitos. Os aparelhos foram levados durante a chegada do candidato a presidente no chamado Caminho da Fé.
Um grupo de homens e mulheres iniciou um tumulto no cruzamento entre a Avenida Dendezeiros do Bonfim e a Rua Polydoro Bittencourt. Durante a confusão, os suspeitos agiram. O cinegrafista de uma das emissoras, que não quis se identificar, deu detalhes da ação.
“Quando a gente estava esperando a saída do Lula, houve uma movimentação grande de empurra-empurra. Nessa movimentação, levaram meu celular. Aproveitaram que eu estava com as mãos no equipamento e colocaram a mão no meu bolso”, afirmou.
O jornalista Jorge de Santana também teve o celular furtado. O modo de ação dos suspeitos foi repetido com outras vítimas.
“Eu consegui chegar ao lado do presidente, aí começaram a me empurrar. Quando eu coloquei a mão no bolso, já tinham levado”, contou.
Uma fila foi formada dentro da delegacia, para o registro dos boletins de ocorrência. Com um dos suspeitos presos, a polícia apreendeu cinco celulares. Zulu Araújo, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, órgão do governo do estado, também foi furtado.
“Na passagem do presidente, havia um conjunto de pessoas organizadas para roubar os transeuntes e levaram meu celular. Foi uma coisa articulada, própria desse tipo de ação e, consequentemente, viemos registrar aqui na delegacia.”
Ainda não há um balanço oficial de quantas pessoas foram roubadas.
‘Burrice’ provocar a Argentina
Mais cedo, durante entrevista no Rio nesta sexta-feira, Lula classificou como “burrice” um presidente brasileiro provocar a Argentina. E acrescentou que, se eleito, buscará conversar com os líderes da região.
Na capital fluminense, Lula estava acompanhado de aliados, entre os quais Marcelo Freixo (PSB), candidato a governador, e André Ceciliano (PT), candidato a senador pelo Rio.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, critica com frequência o presidente da Argentina, Alberto Fernández, aliado político de Lula. Durante as eleições argentinas, Bolsonaro defendeu a reeleição de Mauricio Macri, que acabou derrotado por Fernández.
“Você tem a América do Sul inteira querendo que o Brasil ganhe para ver se a gente consegue coordenar outra vez uma instituição multilateral como a Unasul e tentar discutir projetos que são de desenvolvimento. Você não pode ter no Brasil um presidente que fique provocando a Argentina todo dia. A Argentina é o nosso principal parceiro comercial. Sabe? É uma burrice de quem governa. Então, nós vamos ter dificuldade de recuperar um monte de coisa em que foi feito o desmonte aqui”, declarou o petista.
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por Redação 2JN
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