Com a presença de ex-presidentes da República, deputados, senadores, presidentes das duas casas do Congresso Nacional e representantes de todas as instituições de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin foram diplomados presidente e vice-presidente da República nesta segunda-feira (12).
“Não é um diploma de Lula presidente, é um diploma de uma parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país. Vocês ganharam esse diploma”, disse Lula no discurso.
Muito emocionado, prometeu que fará todos os esforços para fazer do Brasil “um país desenvolvido e mais justo, com dignidade e qualidade de vida sobretudo para as pessoas mais necessitadas”. “Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada. Poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada à prova”.
“Felizmente não faltou quem defendesse nesse momento tão grave a nossa democracia”, continuou. “Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu a sabedoria em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas e agressões para fazer valer vontade popular”.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, enfatizou por diversas vezes, sem citar nomes, que a eleição representou a vitória da democracia contra o extremismo golpista e a “utilização em massa das redes sociais para espalhar a desinformação e o discurso de ódio”.
Segundo ele, a diplomação “atesta a vitória plena e incontestável da democracia e do estado de direito contra os ataques antidemocráticos, contra a desinformação e contra os discursos de ódio, proferidos por diversos grupos organizados, que, identificados, garanto, serão integralmente responsabilizados pra que isso não retorne nas próximas eleições”.
O agora oficialmente presidente Lula mencionou “a lisura do processo eleitoral nesse momento tão difícil”. “Essa não foi uma eleição entre candidatos de partidos políticos com programas distintos. Foi a disputa entre duas visões de mundo e de governo. De um lado, o projeto de reconstrução do país com ampla participação popular; de outro lado, um projeto de destruição do país ancorado no poder econômico ancorado numa indústria de calúnias jamais vista na história do país”.
No trabalho do Gabinete de Transição, disse o presidente, é possível entender “o deliberado processo de desmonte das políticas públicas e dos instrumentos de desenvolvimento, levado a cabo por um governo de destruição nacional”.
Frente ampla
Ele saudou a “verdadeira frente ampla contra o autoritarismo, que hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas e fortalece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos movimentos populares deste país”.
Destacou ainda a violência do bolsonarismo como forma de fazer política. “Não foram poucas as tentativas de sufocar a democracia. Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo”, afirmou Lula. “Ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de última hora para evitar que eleitores chegassem as locais de votação”, exemplificou. Acrescentou que o país viveu uma “violência política que só se viu nas páginas mais tristes da nossa história. E, no entanto, a democracia venceu”.
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por Redação 2JN – brasil247
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