A cesta básica voltou a subir em todo país e em Salvador encerrou o mês de março com alta de 3,98%, segundo levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o aumento já chega a 7,09%.
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O levantamento, feito com base em 3.473 cotações de preços em 97 estabelecimentos comerciais da capital baiana, mostra que o custo da cesta passou de R$ 592,16 em fevereiro para R$ 615,75 em março — um acréscimo de R$ 23,59.
A alta ocorre mesmo com a política de desoneração adotada pelo governo da Bahia. Atualmente, o ICMS é zerado para alimentos como arroz, feijão, farinha, leite, ovos, pães, frutas, legumes, hortaliças, carnes e pescados produzidos na Bahia. Outros produtos, como óleo de soja e charque, têm alíquota reduzida.
Dos 25 itens que compõem a cesta, 19 registraram aumento. Os principais destaques foram: banana-prata (17,39%), linguiça calabresa (16,94%), ovos de galinha (15,72%), cebola (14,42%) e café moído (7,91%). Já entre os seis itens que tiveram queda, destacam-se maçã (-6,25%), carne de primeira (-2,19%) e óleo de soja (-1,74%).
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De acordo com o analista Denilson Lima, da SEI, fatores como clima, entressafra e desequilíbrio entre oferta e demanda explicam a escalada de preços. Em sua análise, ele afirma que o valor da cesta subiu pelo terceiro mês consecutivo e já acumula aumento de 39,45% nos últimos 12 meses.
Lima também aponta que a tendência de alta deve continuar em itens como o ovo de galinha, influenciado pelo aumento no consumo interno, alta nas exportações e elevação nos custos de produção — como o milho para ração e embalagens.
O subconjunto de alimentos típicos do almoço soteropolitano (arroz, feijão, carnes, farinha, tomate e cebola) subiu 2,28% e representou 34,03% do custo total da cesta. Já os itens do café da manhã (café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho) registraram aumento de 4,46%, representando 34,58% do valor final.
O trabalhador de Salvador precisou de 96 horas e 28 minutos de trabalho em março para pagar a cesta básica, o que equivale a 43,85% do salário mínimo líquido de R$ 1.404,15, já descontada a contribuição previdenciária.
por Redação 2JN
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