Aluna denuncia professora por transfobia e racismo na UFBA: ‘tirou meu direito de ter uma construção crítica’

Estudante prestou queixa na delegacia do Rio Vermelho, após situação ocorrida nesta terça-feira (12), na Faculdade de Comunicação da UFBA, em Salvador.
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Uma mulher trans estudante da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), denunciou uma professora da instituição por racismo e transfobia. O caso aconteceu nesta terça-feira (12), em Salvador, durante uma aula do curso de Produção Cultural.

A UFBA informou que a ouvidoria da instituição ainda não tem registro da denúncia. Quando a denúncia for efetivada, o caso será encaminhado para processo investigativo.

A equipe de reportagem também procurou a professora Jan Alyne Barbosa, que informou que aguarda apoio jurídico e institucional da UFBA em relação à denúncia.

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De acordo com a vítima, estudante de Produção Cultural e cantora lírica Liz Reis, a situação teria começado depois que a professora não concordou com as críticas da aluna a respeito de um texto. A professora teria tratado ela com pronomes masculinos e dito que os comentários dela estavam “fora do conteúdo”.

“Ela perguntou meu nome quando fiz o primeiro comentário e eu respondi. Ela disse: ‘acho que você está chateado’ e eu corrigi para ‘chateada’. Eu disse que estava sendo violentada”, contou.

Ainda segundo Liz, a professora passou a ignorar os seus comentários durante a aula, mas ela não parou de expor suas opiniões sobre o texto. Em determinado momento, a professora teria chamado um funcionário da instituição para retirá-la do local.

“Ela chamou um servidor e disse que havia ‘uma figura em surto psicótico em sala de aula'”, afirmou.

Liz contou ainda que saiu da sala de aula e gritou pelos corredores da Facom que estava sofrendo racismo e transfobia. Ela desceu as escadas da instituição e foi até o colegiado para registrar a denúncia contra a professora, mas encontrou a porta fechada.

Depois de pedir algumas vezes para registrar a denúncia, a porta do órgão estudantil foi aberta pelos funcionários e Liz foi atendida. Logo em seguida, ela decidiu ir à delegacia e registrou um boletim de ocorrência. Em nota, a Polícia Civil informou que o caso será investigado pela delegacia do Rio Vermelho.

“A professora tentou destruir toda a minha narrativa de aluna, artista e humana. Ela me tirou de um lugar que eu construí, me tirou o direito de ter uma construção crítica dentro da universidade”, afirmou.

Após a repercussão do caso, alunos da Facom fizeram um abaixo assinado contra a professora Jan Alyne Barbosa e marcaram um ato contra o racismo e transfobia na quarta-feira (13), na sede da instituição.


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por Redação 2JN – g1ba

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