Maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, o Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), completou 45 anos nesta quinta-feira (29). Inaugurado em 1978, o Polo chega há quase meio século como uma importante potência econômica da Bahia e um futuro ainda mais promissor, ao trilhar o caminho da transição energética e do desenvolvimento sustentável.
“São mais de 80 empresas dos segmentos químicos, petroquímicos, pneus, celulose solúvel, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, fármacos, bebidas, serviços e logística que, juntas, têm um faturamento bruto de 15 bilhões de dólares ao ano, número que representa 15% do total das exportações baianas e 22% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação da Bahia. Esses números mostram a grandeza do Polo, mas essa pujança se tornará ainda maior com esse olhar para o futuro, que é a missão de reduzir pegadas de carbono que as empresas estão adotando”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida.
O gestor comenta que ao usar fontes de energia limpa e renovável, o Polo se torna mais resiliente às flutuações nos preços dos combustíveis fósseis e que essa transição impulsiona a inovação, estimula o crescimento econômico sustentável e fortalece a imagem das empresas, tornando-as mais atraentes para investidores e consumidores conscientes.
“Ao aderir a essa mudança, as empresas de Camaçari contribuem para a preservação do meio ambiente e criam um futuro mais promissor para todos”, garante.
O Polo abriga diversas empresas de grande porte e líderes em seus segmentos, com destaque para a Braskem, líder em resinas termoplásticas na América Latina; a BSC, única indústria produtora de celulose solúvel com alto teor de pureza na América Latina; e a Deten Química, única produtora no país de Linear Alquilbenzeno (LAB), matéria-prima básica para produção de detergentes biodegradáveis.
Destaca-se ainda o Complexo Acrílico da Basf, que realizou investimentos de R$ 1,5 bilhão, e a Unigel, empresa que será pioneira no País na produção de Hidrogênio Verde (H₂V) em escala industrial. No projeto, estão sendo investidos 1,5 bilhão de dólares.
As empresas estão comprometidas em atuar para a redução dos Gases do Efeito Estufa (GEE). Em janeiro, a Elekeiroz lançou o projeto Reciclo de CO₂, implementado na planta de gases em Camaçari, com o investimento em um compressor para “reciclar” a corrente de dióxido de carbono (CO₂). O novo processo apresentou uma redução de mais de 87% na emissão de GEE.
Outro exemplo é a Braskem, empresa que está empenhada em se tornar carbono neutro até 2050. A companhia definiu uma série de iniciativas de eficiência energética em suas operações para redução da emissão de carbono e melhoria em competitividade. Em um ano, projetos colocados em prática na unidade Q1, localizada no Polo, resultaram na redução de 833 GWh de energia, com a consequente diminuição de 247 mil toneladas de CO₂ no período, o que equivale a 8% das emissões anuais do complexo.
Arrecadação e geração de empregos
O Polo gera para a Bahia, ao ano, a arrecadação de R$ 3 bilhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e é responsável por mais de 90% da receita dos municípios de Camaçari e Dias D’Ávila. O complexo gera cerca de 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.
Revitalização
O Governo da Bahia anunciou a requalificação do Polo Industrial de Camaçari. O anúncio foi feito no dia 14/06, durante reunião entre os secretários da SDE, Angelo Almeida, de Infraestrutura, Sérgio Brito, e Relações Institucionais, Luiz Caetano. As obras abrangem requalificação total das vias, com recapeamento e pavimentação, iluminação e outras intervenções.
por Redação 2JN – govba
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