PF cumpre mandados de prisão em nova fase de operação contra tráfico internacional de drogas
Núbia Lima era mãe de Igor Correia e disse que os corpos do filho e do amigo foram encontrados por ela e pelo marido, e que apresentavam marcas de tiros.
“É uma cena que luto para esquecer, porque toda vez que deito à noite é o que vem na minha cabeça, os meninos no chão, caídos. Achei que estavam machucados, que tinham levado uma surra, mas não que estaria daquele jeito [mortos]”, disse.
Segundo Núbia, os jovens trabalhavam no sítio em que foram assassinados.
“O sítio em questão era da família de um traficante que foi morto na noite anterior. Eles [atiradores] mostraram a foto do traficante para os meninos, dizendo que eles [jovens] eram parceiros dele [traficante], mas ninguém sabia [que o homem era traficante]. Os meninos estavam apenas trabalhando”, comentou.
“A gente acordou por volta das 2h30 com barulho. A porta já estava aberta, a janela também. Eles pediram para sair rastejando, com a cara no chão e a mão para trás. Tinham uns seis policiais, eles queriam dinheiro, querendo o ‘grosso’, só falando isso o tempo todo. Os meninos chorando, pedindo pelo amor de Deus, que não sabiam de nada. A gente falando que tinha família e eles dizendo que a gente estava mentindo”, detalhou.
Por medo, a testemunha não mora mais em Itacaré, assim como Núbia e os demais familiares de Igor Correia.
O comando da Polícia Militar abriu sindicância para apurar a denúncia de participação de PMs no crime. O caso também é investigado pela Polícia Civil. Testemunhas já foram ouvidas, mas os detalhes da investigação não foram divulgados.
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por Redação 2JN
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