O deputado bolsonarista Capitão Derrite (Progressistas) usou o movimento feminista para debochar da decisão do governo da Ucrânia de proibir homens de de 18 a 60 anos de deixarem o país.
“Não vi nenhuma feminista pedindo igualdade diante do anúncio do governo da Ucrânia de que homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país…”, escreveu o deputado.
Neste domingo (28), ele acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (PL) na entrevista coletiva que ele deu a jornalistas, em que alfinetou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e disse que a Brasil manteria a neutralidade em relação à guerra entre os dois países.
Não vi nenhuma feminista pedindo igualdade diante do anúncio do governo da Ucrânia de que homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país… pic.twitter.com/CyQMHwddNK
— Capitão Derrite (@capitaoderrite) February 25, 2022
Ao usar esse argumento, Derrite apela para um senso comum sem sentido através de um comentário que descredibiliza as reinvindicações da luta feminista.Além de muitas mulheres não serem a favor do alistamento militar como obrigatoriedade para nenhum dos gêneros, as discussões do feminismo são mais profundas do que apenas homens e mulheres poderem fazer as mesmas coisas.
O Exército, assim como a guerra, são estruturas muito mantidas pelo patriarcado. No Brasil, por exemplo, na Constituição de 1824, estava escrito que “todos os brasileiros são obrigados a pegar em armas para sustentar a independência, a integridade do Império e defendê-lo de seus inimigos”.
O detalhe é que, nesta época, mulheres não eram cidadãs dignas de direitos e deveres. Logo, foi um projeto criado por homens e para homens, como permanece até hoje.
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por Revista Forum
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